sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Viver de Sonhos

Seguindo a dica de um (a) leitor (a) do blog, resolvi falar hoje sobre algo mais social, que influenciou diversos fatos históricos e que hoje ainda é uma pauta atual: A Utopia. Sim, ela pode passar despercebida, mas foi decisiva, até, na construção de muitas teorias, dogmas e modos de vida em sociedade. Mas, claro, sem deixar de ser um texto pessoal, muito pelo contrário.
A utopia religiosa, que desde a antiguidade se fez presente, passando pelas outras etapas históricas, sempre colocou a figura de Deus no centro de um pensamento que conseguiu influenciar as pessoas em seu modo de vida, onde muitos chegaram a viver em prol de uma religião, o que eu acho ridículo, principalmente por gostar muito da frase: Mais Deus e menos religião, o que já resume parte da minha opinião sobre o assunto. Mas, por que não ser adepta a nenhuma religião e, não acreditar que elas possam fazer com que as  pessoas se tornem melhores por causa delas? É simples, apesar de que para os mais dedicados a um dogma religioso pareço muito complexo e até ofensivo, pra mim é apenas uma forma mais racional de ver as coisas. Ora, se tudo gira em torno de um Deus e para aqueles que O seguem é prometido o paraíso, isso não passa de uma utopia, que condena profundamente aqueles que não seguem a religião, onde esta, por sua vez, coloca essas pessoas como pecadoras, por não seguirem leis que eles julgam corretas e universais. O cristianismo é o exemplo vivo disso.
O mais impressionante é que se a gente for pensar por um lado socioeconômico, a história se repete. Se substituirmos Deus pela desigualdade social e o pecado pelo excedente produzido em uma sociedade capitalista, o paraíso seria o Comunismo, não? O inteligentíssimo Karl Marx só pode ter seguido essa mesma linha de raciocínio quando acreditou que o capitalismo iria ser autodestrutivo, tentando ludibriar as pessoas para que acreditassem na revolução, em um mundo igual para todos, o paraíso na terra.
É uma grande viagem teórica até conseguirmos analisar os fatos e as ideologias por um ângulo diferente do comum, mas que as coisas se encaixam perfeitamente, isso fica claro.
E assim, eu que nunca fui fã de entidades que derramaram sangue humano por puro interesse no poder, camuflado na crença, na fé, em um Deus, acabo que hoje, me deparo com essa semelhança entre uma utopia religiosa e uma utopia social, algo que me fez desligar-me ainda mais das religiões e me apegar apenas à fé, até porque esse desejo de tornar possível o impossível, em certas situações, não me atrai nem um pouco.

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