quinta-feira, 26 de maio de 2011

Lampejos de amor.

Eu vejo as fotos e lembro-me dos momentos. Seu sorriso me remete à sua voz, seu olhar não deixa esquecer o quão tu és sincero. Que sentimento é esse? Há quem se pergunte, eu não! Em mim, já trago a certeza que não preciso defini-lo e, nem que quisesse ou achasse necessário, não conseguiria fazê-lo simples ao ponto de explica-lo, simplesmente, por assim dizer... Pra mim, o que importa é sentir, ter a vontade de estar contigo toda vez que ouço sua voz, alimentando o sonho do meu futuro se encaixar no seu, perfeitamente, sem atritos, apenas encaixar-se.
É bom saber do [re]começo, do sentimento possível, espero. Mas, não esperarei tanto, não mais. Os dias vão passando e não faz mais nenhum sentido deixar o tempo esvair-se assim, de forma tão displicente, como se ele passasse por mim sem que eu passasse por ele.  E essa saudade vai acabar, somente só, quando você se fizer presente e tirar meu coração do frio ou aquece-lo ainda mais com seu abraço – o meu maior desejo diário.
A gente vai ser feliz, eu sei que vai. Por quanto tempo, não sei. Que seja breve ou pra vida inteira, eu só quero ter você.  

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Crises!

Quem nunca passou por alguma ainda não sentiu a vida, pois viver é ultrapassar os limites, os seus próprios limites e os que a vida nos impõe. Podem ser ideológicas, existenciais, amorosas, políticas, isso é o de menos, mas me sinto alguém capaz quando sei lidar com certos confrontos que minha mente subjuga indispensáveis.
Vivo um momento não muito tranquilo, novos ideais, novas experiências, novos limites estão surgindo e eu tenho que saber lidar muito bem com toda situação, para conseguir me sobressair em meio a tanto caos.
E digo: nada melhor do que ter alguém que te dê apoio, atenção, que saiba falar as palavras certas nas horas oportunas e nas inesperadas, para que sirva como ajuda e possamos ter discernimento para tomar algumas decisões em meio às crises, algo extremamente necessário.
Eu sei que não sou a mais coerente e nem estou aqui para julgar ou crucificar ninguém, mas deixo apenas um recado, ou um desabafo, como queiram – Cuide, aconchegue, conforte, converse, faça-se presente sempre, eu disse sempre mesmo, até quando você achar que não é necessário, pois talvez seja sim e só você não se deu conta disso.  Pra mim, é pra isso que serve o verbo Amar, não somente para ser conjugado na primeira pessoa do indicativo.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

A História segundo Walter Benjamin

Walter Benjamin fez uma releitura do marxismo ocidental, tentando adequá-lo ao século XX, mais precisamente da década de 1920 a 1940, nas quais vivia uma sociedade da industrialização, da produção; um mundo muito complexo, onde o Estado autoritário passa a gerenciar as potencialidades econômicas.
É nesse meio, no pós 1ª Guerra Mundial, que Benjamin, juntamente com os outros da Escola de Frankfurt, vai produzir, caracterizando-se pela sua preocupação com a dialética, tentando transformar o marxismo em algo pensante, não só na organização para a revolução do proletariado, pois é um tanto descrente nessa revolução, se preocupando mais com a crítica cultural. Ou seja, para ele, o materialista histórico não é somente aquele que acredita na força do proletariado, mas que trabalha e acredita na experiência humana, apoiando-se muito na teologia para entender e enfrentar o materialismo histórico.
Benjamin diz que não podemos esquecer-nos do passado daqueles que não tiveram um lugar na história, ou seja, o passado dos pormenores, enfocando a luta de classes, fazendo uma reflexão da organização do trabalho em relação à superestrutura, tendo uma visão sombria da cultura de massa - o capitalismo massifica a cultura e aliena as pessoas, tornando-se positivo, apenas, se rompesse com a alienação; rompendo um pouco com o lado econômico e discutindo mais sobre a cultura e a política, além de ter uma ligação com a literatura e com o romantismo. Sua filosofia tenta se desprender da ciência e se aproximar da arte; se distancia do idealismo de Hegel e do idealismo romântico. Para ele, era importante viver intensamente os pequenos momentos e tirar algum aprendizado disso, fazendo uma interpretação filosófica da experiência, voltando a criticar o capitalismo, que, para ele, tornava a experiência humana algo mecânico.
Ele levanta a questão sobre o que é realmente relevante no passado, este feito de imagens, relampejos, que podem ser inspiradores, mas é ilusório pensar em reconstituir esse passado, sendo assim, como um bom neomarxista, critica os historiadores que tem uma empatia pelos vencedores, silenciando os vencidos, pois para ele o passado não pode ser visto com conformismo, mas deve-se questionar a visão tradicional do passado, acreditando na social democracia.
Com isso, Benjamin utiliza o anjo da história para explicar o que ele defende como História, que tem o olhar no passado, querendo resgatar, dar um lugar aos vencidos e derrotados pelas classes dominantes, mas ao mesmo tempo, anseia pelo presente, pelo progresso que vive a época em que ele se inseriu, impedindo que haja esse resgate total dos pormenores. Para ele, a história dos vencedores é vista com tanta indiferença, pois, como judeu, dizia que essa visão da história é que teria levado ao nazismo e, é nesse contexto que ele diz que o passado serve para a vingança daqueles que foram perseguidos.
Benjamin defende o tempo do historicismo, colocando a história em um tempo de “agoras”, defendendo a ideia de que é preciso romper com a linearidade da História; diferencia o materialista histórico do historicista, onde o primeiro faz recortes e tenta entender o presente com base no passado, enquanto o outro vê o passado de forma bela, dos vencedores, tendo uma imagem homogênea dos acontecimentos, criticando o fato do historicista culminar em uma história universal, sem pressupostos teóricos, apenas de acontecimentos.
Por fim, Benjamin dá uma amplitude muito grande à História, dando muita relevância a todo o tempo da experiência humana, mas que todo esse tempo, comparado com os milhões de anos de vida na Terra, é pouco e, esse tempo se torna muito mais efêmero quando pensamos no presente, pois o agora, comparado com a História, é o mínimo.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Nostalgia.

Sozinha, bem ou mal acompanhada ... sumir seria a única saída viável pra essa situação em que eu me vejo agora.
Eh, me vejo em uma plantação sem frutos, mesmo depois de tanto cuidar, com carinho, amor e dedicação; mesmo tendo que regar, fosse com lágrimas de felicidade ou de decepção; na verdade, eu penso que não soube mesmo plantar, cultivar (é... no sentido literal mesmo) um sentimento que eu sempre desejei mas nunca proporcionei a alguém: o AMOR.
É nessas horas que eu mais sinto falta daquele sentimento puro, sem cobranças, sem neenhum outro tipo de querer, que brotou há não muito tempo, que fazia a gente passar o dia inteiro olhando um pro outro, conversando e rindo juntos e ja trazia a felicidade que a gente precisava.
O tempo passa, a gente se diz amadurecer e as coisas só pioram, é como se tudo fosse virando rotina, como se eu ja conseguisse prever suas ações, desde o tocar até a cor da sua roupa. Ah, e isso pra mim pode ser o fim, o desgaste não é nada legal e cair na mesmice eh, no minino, insuportavel pra alguem como eu. Onde ficaram as palavras surpreender, inovar, refazer, mudar, no seu dicionário? Porque pra mim elas fazem toda a diferença e sem elas nada tem graça.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Febvre e suas "Analles" sobre a História

Baseado nos seus professores, Lucien Febvre valorizava a história dos pormenores, dos fatos periféricos comparados às grandes realizações tratadas nos documentos oficiais, algo característico da primeira geração dos Analles, na qual fazia parte; ressaltando, assim, que a História era completamente social, tendo em vista que é produzida pelas ações de cada sociedade.
A definição da História para Febvre inicia quando ele diz: “Qualifico a história como um estudo cientificamente conduzido, e não como uma ciência” (FEBVRE, Lucien. Combates pela História. 3.ª edição, Lisboa: Editorial Presença, 1989, pg. 30). Assim vista, a História é cientificamente conduzida por precisar de uma problematização, de formulação de hipóteses, de um objetivo a ser pensado ou produzido; precisa de um método crítico e é aí que se difere da ciência, de fato, que possui um conhecimento e uma verdade absoluta, esta que não deve existir na História, pois cada fato pode ser visto de diferentes ângulos e, assim, várias verdades podem existir, com isso o homem, não unicamente o fato, passa a ser objeto principal de estudo da História, por isso também impede que a História seja uma ciência, pois o ser humano é um ser subjetivo por si só.
É indispensável, portanto, na História, o estudo do homem, das suas ações e pensamentos, mas que estes estejam contextualizados, em um tempo e em um espaço, historicizados, sendo assim, possível e altamente importante alargar a visão do historiador para que a História possa conversar com outras ramificações humanas, como a psicologia, a literatura, a filosofia e a sociologia, de forma que ele possa habituar-se a não hierarquizar os fatos e aprender a fazer História na prática, sem separar a ação do pensamento.
E ainda há quem diga que é possivel fazer História só com documentos e datas. Ah, faça-me o favor ... 

quinta-feira, 5 de maio de 2011

O amor não é tudo.

Apesar de ter sido escrito há quatro dias, traduz tudo que passa dentro de mim hoje, por incrível que pareça:


Segundo o Aurélio:


Perdão - Remissão de pena; desculpa; indulto.
Confiança - Crédito, fé
Respeito - Consideração, importância


Três conceitos simples e indispensáveis em um relacionamento onde se tem amor de verdade.
Eu te amo. Certo, mas e daí? de que adianta amar, de que adianta o amor sem a confiança, sem o respeito e sem saber perdoar? Eu, sinceramente, não sei, não vejo utilidade em um amor tão grande, tão intenso se tudo é mais importante do que ouvir, do que acreditar ...
Eu sei que não sou uma pessoa fácil de lidar e, se fosse, minha vida não teria graça alguma, mas é muito triste saber que perto do que eu pensei que eu fosse, ou ao menos significasse, aparentasse ser, eu não sou. É triste ter que chorar uma noite inteira por causa de uma simples frase dita por alguém, que é capaz de te fazer pensar que todo o esforça está sendo em vão, que sempre que as coisas ficam por um fio os problemas mais remotos são lembrados propositalmente e sem nenhum nexo.
Sabe, eu penso que é possível recomeçar inúmeras e inúmeras vezes e eu farei isso quantas vezes forem preciso, mas se é pra recomeçar e se isso tem um propósito forte, os erros devem ficar lá no passado, este que não volta, este que não precisa ser lembrado, pois recomeçar significa começar do zero, de novo.
Então, que fique bem claro, meu caro amor, o amor pra mim não é tudo, Você pra mim é tudo e isso pra mim já basta, por si só, porque em você eu encontro o que eu preciso e eu confio você, te respeito e sei te perdoar (lê-se esquecer os erros); se eu sou tudo pra você também, é preciso que isso tudo seja recíproco.

terça-feira, 3 de maio de 2011

História: Ciência ou Arte?

A discursão sobre os vínculos da História com outras vertentes é muito antiga, iniciando com os gregos, que tinham uma visão metafísica da História e a ligava à filosofia; depois, na modernidade, há um interesse de desvincular a História da filosofia, criando para ela métodos próprios e aproximando-a das ciências ditas naturais; por fim, na pós-modernidade a História ganha uma visão mais fragmentada e próxima à arte.
Alguns historiadores protagonizaram essas mudanças, lançando seus argumentos para que seus pensamentos pudessem se concretizar e gerar questionamentos sobre o assunto. Se tratando do confronto entre “História ciência” e “História arte” é interessante tomarmos como base os historiadores Jacob Burckhardt (1818 – 1897) e Leopold von Ranke (1795 – 1886), ambos da modernidade, mas com pensamentos diferentes sobre a História.
Admiro muito Ranke por contribuir para a institucionalização da História como disciplina e concordo em alguns aspectos com ele, principalmente quando ele defende ferrenhamente o Estado, suas leis e exige respeito para com ele, mas logo discordo, quando ele, a meu ver, chega a confundir o humano e o sagrado por ser fortemente influenciado pela sua religiosidade e chega a dizer que o Estado foi algo dado por Deus, sendo que o Estado é uma criação humana! E as discordâncias não param por ai. Ele busca uma história cheia de verdades absolutas, estas baseadas nos documentos oficiais, então, me pergunto: e a verdade dos menos favorecidos que não tinham acesso aos documentos e mantinham sua história através da oralidade? Além do mais, se ele dá tanta autonomia ao historiador, para que ele possa organizar, historicizar os fatos históricos, creio que estes também deveriam ter autonomia para inferir com sua sensibilidade e tentar reconstruir, ou pelo menos explicar, algumas lacunas que a História nos deixa.
É por isso que concordo com Burckhardt e sua sensibilidade, sua maneira de encontrar saídas sem precisar de uma verdade absoluta, pois para ele o que importa é a razão pela qual o fato ocorreu e como ele foi contado, não se o que ocorreu foi verdadeiro, pais para ele, a verdade era relativa e dependia de pontos de vista. Além disso, acho muito interessante a visão que ele tem da sociedade em que viveu, que apesar de tantos conflitos econômicos e sociais, ele conseguiu enxergar na arte uma saída, uma válvula de escape para esses problemas cotidianos, pois assim, através de uma visão geral da arte se compreenderiam os fatos históricos. Para mim, essa é melhor conclusão, já que defendo que é impossível dissociar a História da literatura, que por muito tempo foi uma maneira de contar os fatos históricos, sem se importar com a verdade, mas com a essência dos acontecimentos.
Portanto, creio que a História é ficção, representação, que a História se confunde com a arte e essas duas vertentes se tornam uma só a partir do momento em que uma necessita da outra para existir, pois nada seria da História sem a arte para ilustra-la e torna-la mais interessante, mais compreensível; e nada seria da arte sem os acontecimentos históricos para que ela pudesse narrar, ilustrar e servir como fuga de um cotidiano que nem sempre foi fácil de lidar. 

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Um Mártir ou uma Mentira?


Enquanto uns acreditam que seu comportamento foi apenas um invenção norte-americana para justificar os ataques ao Oriente, prefiro ficar com a vertente que ele fez e aconteceu como um grande terrorista e mentor da Al-Qeada e que mereceu o fim que teve, se é que teve, pois muitos tambem acreditam que sua morte, noticiada nos primeiros minutos do dia de hoje, também foi uma mentira bem contada e bem provada.
Muita esperteza dos norte-americanos lançarem seu corpo ao mar, como foi dito, mataram dois coelhos com uma cajadada só: impediram as perigrinações para o seu túmulo e apagaram a prova maior da sua morte para os que o seguiam - seu corpo.
Enfim, sendo verdade ou não, para a História isso pouco interessa, pois o fato é que houve uma atenção e uma mobilização em todo o mundo em torno disso e, são os porquês das atitudes e das opiniões que mais nos interessam.

Se foi ontem, há meses, há anos, para mim não faz a mínima diferença, nem como, nem porque; que tenha sido um golpe político para Obama se reeleger, também pouco mudará minha opinião sobre ele e os EUA. 

No mais... Bye-bye, Bin! E fique por onde está, sem deixar saudades.

Para um bom começo: meu amor pela História

Hoje eu vou falar da minha escolha, que muitos criticam e que até eu não tinha encontrado uma razão para fazê-la, mas que não tinha me arrependido nem por um segundo, porém, hoje eu descobri o porquê de tanto amor: a História, a problematização que a História permite fazer, é isso que me fascina.
Lendo Jacob Burckhadt e Lucien Febvre, descobri que História não é e nunca será uma ciência, propriamente dita, com certezas, verdades absolutas e métodos padronizados... isso é perfeito, é tudo que eu busquei: construir o conhecimento fora dos padrões, mas com bases teóricas que me permitem falar a minha verdade, a minha visão dos fatos e, com isso, mudar a concepção de mundo das pessoas que eu terei o prazer de dividir um pouco do meu conhecimento na sala de aula. Ser professor de História é isso: Ensinar as pessoas o quanto fatos históricos são importantes, mas acima de tudo fazer com que elas aprendam a pensar e tenham propriedade pra criticar.

Pra finalizar esse papo chato, pra muitos, mas, muito importante pra mim e pro meu crescimento intelectual, vai uma frase do Henri Pirenne:
"Se eu fosse antiquário só teria olhos para as cosias velhas. Mas sou Historiador. É por isso que amo a vida."