quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Estranhas decepções.


É estranho quando você vai dormir pensando em alguém, sonha com essa pessoa e ela ainda é seu primeiro pensamento do dia. Já haviam me falado que isso se chama amor, mas eu estou começando a perceber que é mais que isso, um mais num sentido negativo, pois chama-se dependência, não saber viver sem, não conseguir imaginar sua vida sem aquela pessoa e depositar todos os seus projetos, os seus planos e expectativas sob ela, o que é racionalmente inaceitável e o pior é que quando essa pessoa te decepciona, você não pode culpa-la totalmente por isso, porque foi você que confiou e depositou todas as suas fichas em alquém que te abandonou na metade do jogo.
As decepções sempre vão existir, nos cabe apenas escolher de que direção elas virão e que efeito causarão em nossa vidas, afinal, ninguém está preparado para as surpresas que a vida nos guarda, mas é inevitável esconder os problemas para sempre, uma hora eles terão que transparecer e serem enfrentados.
O que é estranho e sempre vai ser, pra mim, é não conseguir controlar essa tristeza que me invade e que não me deixa pensar positivo quando o assunto é “Nós dois”.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Futuro.

Sim, por mais trágico que seja, por mais racional também, eu sei historicamente que o futuro nunca vai existir, porque o futuro é agora, mas, meu coração ainda esperava e sonhava muito que esse futuro demorasse a chegar, que fosse lindo, que tudo realmente se encaixasse no tempo certo e, apesar de um sonho estar mais próximo do real, eu não estou feliz. Na verdade, eu tenho medo, muito medo.
Das decepções, dos desafios, de estar sozinha. De tudo que está vindo por ai. De deixar pra trás um objetivo, de correr o risco de não te ter mais comigo e, pra sempre. Esse é o meu maior medo, porque com você eu estaria segura, estaria bem, estaria até feliz com tudo isso. O fato é que não consigo. Não consigo nem pensar, nem imaginar como vai ser e se vai ser.
É, eu sei que posso estar sendo muito pessimista, que a pior das surpresas pode ter um lado bom, mas eu não consigo mais sonhar com isso, ou tentar enxergar isso, sem ter a certeza de que você vai estar ao meu lado. Eu não consigo ser otimista, ser alguém de verdade sem você, não mais.
Essa dor, esse medo, essa saudade, essa incerteza e essa solidão, só eu que sinto, só eu que entendo e por mais que eu tentasse e fosse muito boa com as palavras nunca conseguiria fazer com que vocês entendesses o que é isso.
E eu vou parar por aqui com minhas lamentações, porque, afinal, a vida continua, por mais que não tenha o mesmo sentido, ela continua e eu tenho que continuar aqui, como espectadora dos meus erros, tentando acertar e vendo onde as coisas vão parar depois de tudo isso.
A única coisa que eu sei que nunca vai mudar (eu disse nunca mesmo) é que eu não vou desistir da gente. NUNCA!

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Viver de Sonhos

Seguindo a dica de um (a) leitor (a) do blog, resolvi falar hoje sobre algo mais social, que influenciou diversos fatos históricos e que hoje ainda é uma pauta atual: A Utopia. Sim, ela pode passar despercebida, mas foi decisiva, até, na construção de muitas teorias, dogmas e modos de vida em sociedade. Mas, claro, sem deixar de ser um texto pessoal, muito pelo contrário.
A utopia religiosa, que desde a antiguidade se fez presente, passando pelas outras etapas históricas, sempre colocou a figura de Deus no centro de um pensamento que conseguiu influenciar as pessoas em seu modo de vida, onde muitos chegaram a viver em prol de uma religião, o que eu acho ridículo, principalmente por gostar muito da frase: Mais Deus e menos religião, o que já resume parte da minha opinião sobre o assunto. Mas, por que não ser adepta a nenhuma religião e, não acreditar que elas possam fazer com que as  pessoas se tornem melhores por causa delas? É simples, apesar de que para os mais dedicados a um dogma religioso pareço muito complexo e até ofensivo, pra mim é apenas uma forma mais racional de ver as coisas. Ora, se tudo gira em torno de um Deus e para aqueles que O seguem é prometido o paraíso, isso não passa de uma utopia, que condena profundamente aqueles que não seguem a religião, onde esta, por sua vez, coloca essas pessoas como pecadoras, por não seguirem leis que eles julgam corretas e universais. O cristianismo é o exemplo vivo disso.
O mais impressionante é que se a gente for pensar por um lado socioeconômico, a história se repete. Se substituirmos Deus pela desigualdade social e o pecado pelo excedente produzido em uma sociedade capitalista, o paraíso seria o Comunismo, não? O inteligentíssimo Karl Marx só pode ter seguido essa mesma linha de raciocínio quando acreditou que o capitalismo iria ser autodestrutivo, tentando ludibriar as pessoas para que acreditassem na revolução, em um mundo igual para todos, o paraíso na terra.
É uma grande viagem teórica até conseguirmos analisar os fatos e as ideologias por um ângulo diferente do comum, mas que as coisas se encaixam perfeitamente, isso fica claro.
E assim, eu que nunca fui fã de entidades que derramaram sangue humano por puro interesse no poder, camuflado na crença, na fé, em um Deus, acabo que hoje, me deparo com essa semelhança entre uma utopia religiosa e uma utopia social, algo que me fez desligar-me ainda mais das religiões e me apegar apenas à fé, até porque esse desejo de tornar possível o impossível, em certas situações, não me atrai nem um pouco.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Metamorfoses Históricas

Durante toda minha trajetória escolar eu sempre imaginei os acontecimentos históricos como fatos estáticos e cheios de codificações – datas, pontos positivos, pontos negativos, destaques políticos e crises – mas, depois de ler uma pequena parte de um texto bem didático e compreensível do Gilmar Antonio Bedin, sobre a transição entre Idade Média e Modernidade, algumas concepções começaram a mudar a partir de discursões e reflexões feitas sobre este assunto, que nos parece tão óbvio e banal, mas que pode nos ajudar a compreender assuntos bem mais complexos do nosso mundo atual.
Vejamos, então: será que é certo pensar que toda ascensão, ápice ou apogeu serão sempre positivos e todo declínio ou crise serão negativos? Quando a gente aprende a ver que a História é composta por transformações, que tudo depende de uma referência, de um foco e que, principalmente, essa História não pode ser vista apenas com base em uma linha do tempo, onde vemos o fato de longe, mas que devemos adentrar nos acontecimentos para que possamos perceber que a História é vida e, por isso, é de sua natura se metamorfosear, percebemos que o apogeu pode ser negativo e a crise pode ser positiva, bem mais do que a gente pode imaginar.
A transição entre a Idade Média e a Idade Moderna, em uma maneira bem fragmentada de ser ver a História, é um grande exemplo disso, afinal, muitos pensam que a Idade Média cedeu lugar para a modernidade no século XV mas, se começarmos a observar bem, o século XII que foi palco do grande apogeu medieval, que abriu espaço para o surgimento da grande base de sustentação para o medievo, também abriu espaço para começarem os questionamentos a essas bases e ao comportamento (principalmente da Igreja) da época, o que gerou os primeiros indícios da crise, já no século XIII. Porém, a crise, que começou a modificar a população e seu modo de vida, chegando a beirar o caos, também iniciou os primeiros passos para o que veio a ser a Era Moderna. Isso mostra o lado negativo do apogeu e o lado positivo da crise.
Mas, o que isso tem a ver com o mundo atual? Simples e sem sermos anacrônicos, conseguimos fazer uma ponte desses efeitos com a presença da tecnologia nas nossas vidas; essa tecnologia que facilita as pesquisas nas curas para doenças antes incuráveis; essa tecnologia que aumenta a compressão tempo-espaço o que possibilita a comunicação bem mais rápida; essa tecnologia que une o mundo, mas o contribui para que ele seja destruído – com as relações humanas cada vez mais volúveis, com as pessoas perdendo espaço de trabalho para as maquinas, com a facilidade de destruir a vida de alguém em um simples toque. E, percebam, tudo isso durante o auge, o desenvolvimento e a busca por novas descobertas sobre essa tecnologia, sobre esse novo olhar e novo comportamento que surge na contemporaneidade.
Ou seja, isso mostra que há sempre dois lados da moeda em um fato histórico, é só atentarmos para as transformações, porque são elas que fazem a História dinâmica, sempre contemporânea e aberta para novos olhares, novas concepções, novas descobertas. Até porque se mumificarmos tantos séculos passados, tantas civilizações, tantas vidas e acontecimentos, não teria sentido algum estuda-los.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Sra. Indiferença.


O prazer é todo seu, eu sei. Você não estava fazendo nenhuma falta na minha vida, que por sinal estava muito melhor sem sua presença. Ai, de repente, você chega, toma conta de tudo, como se todos os outros sentimentos fossem inferiores perante a sua prepotência tamanha, de querer dominar as situações e transformar as pessoas que são alvo da sua indelicadeza em seres solitários, sem carinho, sem afeto, sem atenção.

Juro que preferia o Ódio. É, aquele que nos deixa nas nuvens e que leva a culpa de ser o avesso do amor. Coitado dele, mal sabe que você, nobre e soberana Indiferença, machuca, maltrata, fere e mata muito mais.

E é em meio a essa situação que eu me pergunto: tanto sacrifício pra isso? Para a minha felicidade ser como o brilho da lua, que faz sucesso à noite, mas logo é ofuscada pelo Sol ao raiar do dia? (Convenhamos, e que Lua, hein?) Não, não me conformaria assim tão fácil. Preferia te perder e ter todo o seu desprezo do que não te ter por completo.

Portanto, minha cara senhora Indiferença, convido-lhe a sumir instantaneamente dos meus dias, do meu amor, da minha vida. Aqui você não é bem-vida, muito menos quem te traz.

E você, portador desse mal que me assola, fique sabendo que nunca me entreguei pela metade, por isso, não aceito esmolas, migalhas do seu amor.
Eu te quero como você sempre foi - meu, todo meu.


segunda-feira, 11 de julho de 2011

Palavras de um coração partido.


Logo eu que nunca pensei em arriscar tudo por um amor. É, eu só podia mesmo não ter certeza do que sentia quando pensei assim. Tanto arrisquei, me feri, quase morri... Por você, penso ser capaz de tudo, sem nenhuma restrição.
Mas você esqueceu de tudo que a gente viveu, dos nossos bons momentos, do nosso velho amor de sempre, que eu sonho, ainda, que seja pra sempre mesmo. Só eu penso assim, o problema é exatamente esse.

E como num pesadelo, você se foi! Sem dar tchau, adeus ou até breve. Deixou-me sozinha, incompleta, infeliz e cheia de dúvidas, dentre as quais uma não sai do meu pensamento um segundo: Por que dizer “não” ao amor?
Éramos completos, você com seu ciúme que me irritava, eu com meu jeito que te deixava inseguro; você com seu abraço, do que eu senti mais falta hoje, assim como vou desejar seus beijos até o ultimo dia da minha vida. Eu te fazia feliz, eu sei que sim e você, mesmo apunhalando meu coração, ainda me faz a pessoa mais realizada do mundo só em ver teu sorriso em uma fotografia daquelas que retratam um momento nosso, só nosso.

Meu único refúgio é acreditar que quando chega ao fim a gente sente. E eu não sinto. Eu acredito. Sim, muito. Acredito na gente, no nosso sentimento, nos nossos planos, na nossa vida. Isso me maltrata, mas me conforta por incrível que pareça.

Eu te amo, vai ser sempre assim. E isso você não pode me tirar.

Te espero, incansavelmente, te espero. 

ps: eu não consegui deixar transparecer nem a metade da dor que eu sinto agora, até porque, se tratando de sentimentos, é impossível descrever com perfeição. 

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Dor.

Começo citando a belíssima e, também ruiva, escritora Elenita Rodrigues, em um dos seus textos de hoje, quando ela diz que “Amor só serve é pra melhorar a vida da gente... se não melhorar é doença, obsessão, necessidade de masoquismo pra se sentir importante. E só”.

Concordo. O amor melhora, nos engrandece, nos faz aprender, amadurecer, refletir ... crescer, é, essa é a palavra certa – se você não cresce em um relacionamento é porque ele não está servindo, não se encaixa na sua vida por algum motivo. Se é pra continuar com as citações, faço uso das palavras do saudoso Renato Russo quando em um dos seus shows ele afirmou que “se o amor é verdadeiro, não existe sofrimento”, e convenhamos,  ele está certo, mais do que certo.

Mas, você já pensou em perder alguém que você ama? Digo, de verdade, sem mais, sem voltar atrás? Isso não deixa de ser amor, ou melhor, é sentir falta desse amor antes mesmo que ele se vá, contra sua vontade. É algo que não se deve desejar a ninguém, mesmo! É uma dor latente, que te mata por um instante, mas que te tortura antes do fim e vai corroendo cada parte do seu corpo e sua mente já não consegue mais pensar. É como se alguém morresse e você imaginasse que nunca mais tornaria a senti-lo perto, ali, ao lado, só por estar.
O amor tem dessas coisas, de adoecer, de amedrontar de verdade, de sentir o fim de algo e ser pra você o fim de tudo – do sentido, do sonho, do real, da vida.
Essa dor, eu sinto, eu não suportaria. Não por muito tempo, não pra ser feliz. Porque se o amor nos traz felicidade, só você consegue que eu me sinta plena neste estado de espírito.

É, só você.

Não vá embora, não sozinho, não sem mim, não da minha vida. Nunca.