sexta-feira, 15 de julho de 2011

Sra. Indiferença.


O prazer é todo seu, eu sei. Você não estava fazendo nenhuma falta na minha vida, que por sinal estava muito melhor sem sua presença. Ai, de repente, você chega, toma conta de tudo, como se todos os outros sentimentos fossem inferiores perante a sua prepotência tamanha, de querer dominar as situações e transformar as pessoas que são alvo da sua indelicadeza em seres solitários, sem carinho, sem afeto, sem atenção.

Juro que preferia o Ódio. É, aquele que nos deixa nas nuvens e que leva a culpa de ser o avesso do amor. Coitado dele, mal sabe que você, nobre e soberana Indiferença, machuca, maltrata, fere e mata muito mais.

E é em meio a essa situação que eu me pergunto: tanto sacrifício pra isso? Para a minha felicidade ser como o brilho da lua, que faz sucesso à noite, mas logo é ofuscada pelo Sol ao raiar do dia? (Convenhamos, e que Lua, hein?) Não, não me conformaria assim tão fácil. Preferia te perder e ter todo o seu desprezo do que não te ter por completo.

Portanto, minha cara senhora Indiferença, convido-lhe a sumir instantaneamente dos meus dias, do meu amor, da minha vida. Aqui você não é bem-vida, muito menos quem te traz.

E você, portador desse mal que me assola, fique sabendo que nunca me entreguei pela metade, por isso, não aceito esmolas, migalhas do seu amor.
Eu te quero como você sempre foi - meu, todo meu.


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