segunda-feira, 27 de junho de 2011

Dor.

Começo citando a belíssima e, também ruiva, escritora Elenita Rodrigues, em um dos seus textos de hoje, quando ela diz que “Amor só serve é pra melhorar a vida da gente... se não melhorar é doença, obsessão, necessidade de masoquismo pra se sentir importante. E só”.

Concordo. O amor melhora, nos engrandece, nos faz aprender, amadurecer, refletir ... crescer, é, essa é a palavra certa – se você não cresce em um relacionamento é porque ele não está servindo, não se encaixa na sua vida por algum motivo. Se é pra continuar com as citações, faço uso das palavras do saudoso Renato Russo quando em um dos seus shows ele afirmou que “se o amor é verdadeiro, não existe sofrimento”, e convenhamos,  ele está certo, mais do que certo.

Mas, você já pensou em perder alguém que você ama? Digo, de verdade, sem mais, sem voltar atrás? Isso não deixa de ser amor, ou melhor, é sentir falta desse amor antes mesmo que ele se vá, contra sua vontade. É algo que não se deve desejar a ninguém, mesmo! É uma dor latente, que te mata por um instante, mas que te tortura antes do fim e vai corroendo cada parte do seu corpo e sua mente já não consegue mais pensar. É como se alguém morresse e você imaginasse que nunca mais tornaria a senti-lo perto, ali, ao lado, só por estar.
O amor tem dessas coisas, de adoecer, de amedrontar de verdade, de sentir o fim de algo e ser pra você o fim de tudo – do sentido, do sonho, do real, da vida.
Essa dor, eu sinto, eu não suportaria. Não por muito tempo, não pra ser feliz. Porque se o amor nos traz felicidade, só você consegue que eu me sinta plena neste estado de espírito.

É, só você.

Não vá embora, não sozinho, não sem mim, não da minha vida. Nunca.

domingo, 19 de junho de 2011

O discurso (aqui sem tanta ordem) de Foucault.


Foucault procura mostrar que os discursos que permeiam na sociedade são controlados, perpassados por formas de poder e de repressão, que são marcados pela busca de desejo e de poder, pela luta do controle daquilo que enunciam, além de perceber que existem muitos tabus na sociedade, o que impede que todos falem sobre o que pensam a qualquer momento e, alguns desses tabus são a sexualidade e a política.
Para abordar temas como a exclusão e a rejeição utiliza a razão e a loucura, a ponto de mostrar que o discurso do louco eh excluído da sociedade, este que não tem credibilidade e é visto pelas pessoas como uma inverdade, mostrando mais uma vez que os discursos e o comportamento da sociedade são dirigidos por regras impostas por essa própria sociedade, que tenta formar um conceito de verdade, este que exclui aqueles que não seguem seus preceitos.
Outro elemento que limita internamente o discurso é o autor, esse é visto como origem das significações presentes no discurso. Para Foucault, o autor é um elemento que completa o comentário, este que é fruto da individualidade do seu pensamento, dando uma identidade ao discurso. Dentro desse grupo se inclui a disciplina cujo controle do discurso é diferente do comentário e do autor, ou seja, a disciplina exerce seu controle na produção dos discursos por meio da imposição de limites e de regras.
Foucault também determina condições para que os indivíduos possam formular seus discursos, de forma que ele abrange ideias de como direcionar o discurso, de acordo com o público alvo, tendo em vista expandir os argumentos para o maior número de pessoas possível que concordem com a verdade que é defendida no discurso, além do sistema de educação, visto como uma forma política de lidar com a apropriação do discurso.
Para finalizar, Foucault se assume como um seguidor das propostas hegelianas e responde às críticas daqueles que o julgavam estruturalista "E agora, os que têm lacunas de vocabulário que digam – se isso lhes soar melhor – que isto é estruturalismo".         

sábado, 18 de junho de 2011

E para Paul Veyne, a História existe?

Começo com essa indagação pelo simples fato de ser um grande diferencial do Veyne falar da história assim, quando ele diz que "Tudo é histórico, logo a história não existe." Mas, vamos ao que interessa, de verdade.
Para Paul Veyne a história é lacunar e indeterminada, por isso ele defende que a história é incompleta e dá aberturas para que o leitor possa preencher essas lacunas, bem como o historiador e, sendo incompleta e subjetiva, abre a possibilidade para inferirmos, não deixa de ser história e de ser completa, em sua essência.
De certa forma, Veyne defende a não hierarquização dos fatos e das temáticas a serem estudadas na história, logo, defende que o interesse pela temática tem que partir do próprio indivíduo, de acordo com sua afinidade pelo gênero escolhido para trabalhar, podendo personalizar a história, pois tem a liberdade para pesquisar sobre temáticas separadamente, como política, religião e biografias, por exemplo.
Porém, a história só será história, propriamente dita, se os acontecimentos forem historicizados, postos em seu tempo e espaço, além de se referir à história total como algo que não instiga a curiosidade, a não ser que quem a estuda já tenha um objetivo ao adentrá-la. Contudo, haverá sempre um limite para a história, este imposto pelas lacunas ou, até mesmo, pela própria dúvida da veracidade dos fatos.
Portanto, Paul Veyne não acredita em uma verdade absoluta na história, muito menos que possamos descrevê-la em sua totalidade, mas que tudo depende da intenção de quem a escreve, do objeto que descrevem. Assim, a história é parcial e subjetiva.

“Já que tudo é histórico, a história será o que nós escolhermos.”  (Paul Veyne)

domingo, 5 de junho de 2011

Só uma historia.


Tudo parecia perfeito demais, encantador demais, apaixonante demais pra se tornar real mesmo. Nunca conheci nada mais complicado do que o amor e os homens têm se tornado mais complicados do que o próprio sentimento, na verdade.
É, eu sei que não sou tudo que você imaginou e te alertei diso diversas vezes e, até pensei que não criar expectativa alguma sobre você seria muito desinteresse, mas não, foi muito bom porque você conseguiu ser tudo que eu havia sonhado pra mim. Porém, sonhos são sonhos e os meus não se realizam nunca, essa é a parte triste da história.
Sua voz, seus belos olhos e sua cara de bobo não vou esquecer e, se eu sentisse que fosse tao recíproco o sentimento eu lutaria pra que a gente se tornasse tudo que imaginamos juntos, alí, bem alí, ao som do "Jhony" e das ondas ... ondas, lembra? Lindas, mansas, mas que se eu permitisse me levariam? Pois bem, é de você que eu vou lembrar quando tiver a oportunidade de ver duas cadeiras vazias, com vista pro mar, e vou deixar a nostalgia adentrar, lembando que essas duas cadeiras poderiam estar ocupadas e meu coração está vazio, sem você.
De "Nós somos feitos um pro outro, pode crer" pra "Vou dizer que valeu, seus beijos; vou dizer que valeu, seus abraços" ... Era tudo que eu não queria, mas foi tudo que eu provoquei, sem querer. Como sempre, eu sempre estrago tudo!
E por isso, que eu sinto sua falta, como nunca pensei que sentiria, daquilo que poderia ter sido, mas não foi.