segunda-feira, 27 de junho de 2011

Dor.

Começo citando a belíssima e, também ruiva, escritora Elenita Rodrigues, em um dos seus textos de hoje, quando ela diz que “Amor só serve é pra melhorar a vida da gente... se não melhorar é doença, obsessão, necessidade de masoquismo pra se sentir importante. E só”.

Concordo. O amor melhora, nos engrandece, nos faz aprender, amadurecer, refletir ... crescer, é, essa é a palavra certa – se você não cresce em um relacionamento é porque ele não está servindo, não se encaixa na sua vida por algum motivo. Se é pra continuar com as citações, faço uso das palavras do saudoso Renato Russo quando em um dos seus shows ele afirmou que “se o amor é verdadeiro, não existe sofrimento”, e convenhamos,  ele está certo, mais do que certo.

Mas, você já pensou em perder alguém que você ama? Digo, de verdade, sem mais, sem voltar atrás? Isso não deixa de ser amor, ou melhor, é sentir falta desse amor antes mesmo que ele se vá, contra sua vontade. É algo que não se deve desejar a ninguém, mesmo! É uma dor latente, que te mata por um instante, mas que te tortura antes do fim e vai corroendo cada parte do seu corpo e sua mente já não consegue mais pensar. É como se alguém morresse e você imaginasse que nunca mais tornaria a senti-lo perto, ali, ao lado, só por estar.
O amor tem dessas coisas, de adoecer, de amedrontar de verdade, de sentir o fim de algo e ser pra você o fim de tudo – do sentido, do sonho, do real, da vida.
Essa dor, eu sinto, eu não suportaria. Não por muito tempo, não pra ser feliz. Porque se o amor nos traz felicidade, só você consegue que eu me sinta plena neste estado de espírito.

É, só você.

Não vá embora, não sozinho, não sem mim, não da minha vida. Nunca.

Um comentário:

  1. Pensei em várias passagens ao ler essas palavras - que se fazem tão tristes e não combinam com o sorriso doce que você, doce menina, carrega -, mas das várias passagens gostaria de destacar duas, uma para o começo e outra para o fim do texto.

    Primeiro, de "O Vento", música do Los Hermanos, composta por Rodrigo Amarante: "Não te dizer o que penso, já é pensar em dizer e isso, eu vi, o vento leva!"

    Em seguida, o próprio Renato Russo, na música "Metal Contra as Nuvens", lembrei de imediato ao ler as últimas palavras do texto: "E nossa estória não está pelo avesso assim, sem final feliz, teremos coisas bonitas pra contar, e até lá vamos viver, temos muito ainda por fazer..."


    Repito, as palavras tristes desse texto não combinam com o seu sorriso doce, moça.

    ;*

    ResponderExcluir