quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Estranhas decepções.


É estranho quando você vai dormir pensando em alguém, sonha com essa pessoa e ela ainda é seu primeiro pensamento do dia. Já haviam me falado que isso se chama amor, mas eu estou começando a perceber que é mais que isso, um mais num sentido negativo, pois chama-se dependência, não saber viver sem, não conseguir imaginar sua vida sem aquela pessoa e depositar todos os seus projetos, os seus planos e expectativas sob ela, o que é racionalmente inaceitável e o pior é que quando essa pessoa te decepciona, você não pode culpa-la totalmente por isso, porque foi você que confiou e depositou todas as suas fichas em alquém que te abandonou na metade do jogo.
As decepções sempre vão existir, nos cabe apenas escolher de que direção elas virão e que efeito causarão em nossa vidas, afinal, ninguém está preparado para as surpresas que a vida nos guarda, mas é inevitável esconder os problemas para sempre, uma hora eles terão que transparecer e serem enfrentados.
O que é estranho e sempre vai ser, pra mim, é não conseguir controlar essa tristeza que me invade e que não me deixa pensar positivo quando o assunto é “Nós dois”.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Futuro.

Sim, por mais trágico que seja, por mais racional também, eu sei historicamente que o futuro nunca vai existir, porque o futuro é agora, mas, meu coração ainda esperava e sonhava muito que esse futuro demorasse a chegar, que fosse lindo, que tudo realmente se encaixasse no tempo certo e, apesar de um sonho estar mais próximo do real, eu não estou feliz. Na verdade, eu tenho medo, muito medo.
Das decepções, dos desafios, de estar sozinha. De tudo que está vindo por ai. De deixar pra trás um objetivo, de correr o risco de não te ter mais comigo e, pra sempre. Esse é o meu maior medo, porque com você eu estaria segura, estaria bem, estaria até feliz com tudo isso. O fato é que não consigo. Não consigo nem pensar, nem imaginar como vai ser e se vai ser.
É, eu sei que posso estar sendo muito pessimista, que a pior das surpresas pode ter um lado bom, mas eu não consigo mais sonhar com isso, ou tentar enxergar isso, sem ter a certeza de que você vai estar ao meu lado. Eu não consigo ser otimista, ser alguém de verdade sem você, não mais.
Essa dor, esse medo, essa saudade, essa incerteza e essa solidão, só eu que sinto, só eu que entendo e por mais que eu tentasse e fosse muito boa com as palavras nunca conseguiria fazer com que vocês entendesses o que é isso.
E eu vou parar por aqui com minhas lamentações, porque, afinal, a vida continua, por mais que não tenha o mesmo sentido, ela continua e eu tenho que continuar aqui, como espectadora dos meus erros, tentando acertar e vendo onde as coisas vão parar depois de tudo isso.
A única coisa que eu sei que nunca vai mudar (eu disse nunca mesmo) é que eu não vou desistir da gente. NUNCA!

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Viver de Sonhos

Seguindo a dica de um (a) leitor (a) do blog, resolvi falar hoje sobre algo mais social, que influenciou diversos fatos históricos e que hoje ainda é uma pauta atual: A Utopia. Sim, ela pode passar despercebida, mas foi decisiva, até, na construção de muitas teorias, dogmas e modos de vida em sociedade. Mas, claro, sem deixar de ser um texto pessoal, muito pelo contrário.
A utopia religiosa, que desde a antiguidade se fez presente, passando pelas outras etapas históricas, sempre colocou a figura de Deus no centro de um pensamento que conseguiu influenciar as pessoas em seu modo de vida, onde muitos chegaram a viver em prol de uma religião, o que eu acho ridículo, principalmente por gostar muito da frase: Mais Deus e menos religião, o que já resume parte da minha opinião sobre o assunto. Mas, por que não ser adepta a nenhuma religião e, não acreditar que elas possam fazer com que as  pessoas se tornem melhores por causa delas? É simples, apesar de que para os mais dedicados a um dogma religioso pareço muito complexo e até ofensivo, pra mim é apenas uma forma mais racional de ver as coisas. Ora, se tudo gira em torno de um Deus e para aqueles que O seguem é prometido o paraíso, isso não passa de uma utopia, que condena profundamente aqueles que não seguem a religião, onde esta, por sua vez, coloca essas pessoas como pecadoras, por não seguirem leis que eles julgam corretas e universais. O cristianismo é o exemplo vivo disso.
O mais impressionante é que se a gente for pensar por um lado socioeconômico, a história se repete. Se substituirmos Deus pela desigualdade social e o pecado pelo excedente produzido em uma sociedade capitalista, o paraíso seria o Comunismo, não? O inteligentíssimo Karl Marx só pode ter seguido essa mesma linha de raciocínio quando acreditou que o capitalismo iria ser autodestrutivo, tentando ludibriar as pessoas para que acreditassem na revolução, em um mundo igual para todos, o paraíso na terra.
É uma grande viagem teórica até conseguirmos analisar os fatos e as ideologias por um ângulo diferente do comum, mas que as coisas se encaixam perfeitamente, isso fica claro.
E assim, eu que nunca fui fã de entidades que derramaram sangue humano por puro interesse no poder, camuflado na crença, na fé, em um Deus, acabo que hoje, me deparo com essa semelhança entre uma utopia religiosa e uma utopia social, algo que me fez desligar-me ainda mais das religiões e me apegar apenas à fé, até porque esse desejo de tornar possível o impossível, em certas situações, não me atrai nem um pouco.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Metamorfoses Históricas

Durante toda minha trajetória escolar eu sempre imaginei os acontecimentos históricos como fatos estáticos e cheios de codificações – datas, pontos positivos, pontos negativos, destaques políticos e crises – mas, depois de ler uma pequena parte de um texto bem didático e compreensível do Gilmar Antonio Bedin, sobre a transição entre Idade Média e Modernidade, algumas concepções começaram a mudar a partir de discursões e reflexões feitas sobre este assunto, que nos parece tão óbvio e banal, mas que pode nos ajudar a compreender assuntos bem mais complexos do nosso mundo atual.
Vejamos, então: será que é certo pensar que toda ascensão, ápice ou apogeu serão sempre positivos e todo declínio ou crise serão negativos? Quando a gente aprende a ver que a História é composta por transformações, que tudo depende de uma referência, de um foco e que, principalmente, essa História não pode ser vista apenas com base em uma linha do tempo, onde vemos o fato de longe, mas que devemos adentrar nos acontecimentos para que possamos perceber que a História é vida e, por isso, é de sua natura se metamorfosear, percebemos que o apogeu pode ser negativo e a crise pode ser positiva, bem mais do que a gente pode imaginar.
A transição entre a Idade Média e a Idade Moderna, em uma maneira bem fragmentada de ser ver a História, é um grande exemplo disso, afinal, muitos pensam que a Idade Média cedeu lugar para a modernidade no século XV mas, se começarmos a observar bem, o século XII que foi palco do grande apogeu medieval, que abriu espaço para o surgimento da grande base de sustentação para o medievo, também abriu espaço para começarem os questionamentos a essas bases e ao comportamento (principalmente da Igreja) da época, o que gerou os primeiros indícios da crise, já no século XIII. Porém, a crise, que começou a modificar a população e seu modo de vida, chegando a beirar o caos, também iniciou os primeiros passos para o que veio a ser a Era Moderna. Isso mostra o lado negativo do apogeu e o lado positivo da crise.
Mas, o que isso tem a ver com o mundo atual? Simples e sem sermos anacrônicos, conseguimos fazer uma ponte desses efeitos com a presença da tecnologia nas nossas vidas; essa tecnologia que facilita as pesquisas nas curas para doenças antes incuráveis; essa tecnologia que aumenta a compressão tempo-espaço o que possibilita a comunicação bem mais rápida; essa tecnologia que une o mundo, mas o contribui para que ele seja destruído – com as relações humanas cada vez mais volúveis, com as pessoas perdendo espaço de trabalho para as maquinas, com a facilidade de destruir a vida de alguém em um simples toque. E, percebam, tudo isso durante o auge, o desenvolvimento e a busca por novas descobertas sobre essa tecnologia, sobre esse novo olhar e novo comportamento que surge na contemporaneidade.
Ou seja, isso mostra que há sempre dois lados da moeda em um fato histórico, é só atentarmos para as transformações, porque são elas que fazem a História dinâmica, sempre contemporânea e aberta para novos olhares, novas concepções, novas descobertas. Até porque se mumificarmos tantos séculos passados, tantas civilizações, tantas vidas e acontecimentos, não teria sentido algum estuda-los.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Sra. Indiferença.


O prazer é todo seu, eu sei. Você não estava fazendo nenhuma falta na minha vida, que por sinal estava muito melhor sem sua presença. Ai, de repente, você chega, toma conta de tudo, como se todos os outros sentimentos fossem inferiores perante a sua prepotência tamanha, de querer dominar as situações e transformar as pessoas que são alvo da sua indelicadeza em seres solitários, sem carinho, sem afeto, sem atenção.

Juro que preferia o Ódio. É, aquele que nos deixa nas nuvens e que leva a culpa de ser o avesso do amor. Coitado dele, mal sabe que você, nobre e soberana Indiferença, machuca, maltrata, fere e mata muito mais.

E é em meio a essa situação que eu me pergunto: tanto sacrifício pra isso? Para a minha felicidade ser como o brilho da lua, que faz sucesso à noite, mas logo é ofuscada pelo Sol ao raiar do dia? (Convenhamos, e que Lua, hein?) Não, não me conformaria assim tão fácil. Preferia te perder e ter todo o seu desprezo do que não te ter por completo.

Portanto, minha cara senhora Indiferença, convido-lhe a sumir instantaneamente dos meus dias, do meu amor, da minha vida. Aqui você não é bem-vida, muito menos quem te traz.

E você, portador desse mal que me assola, fique sabendo que nunca me entreguei pela metade, por isso, não aceito esmolas, migalhas do seu amor.
Eu te quero como você sempre foi - meu, todo meu.


segunda-feira, 11 de julho de 2011

Palavras de um coração partido.


Logo eu que nunca pensei em arriscar tudo por um amor. É, eu só podia mesmo não ter certeza do que sentia quando pensei assim. Tanto arrisquei, me feri, quase morri... Por você, penso ser capaz de tudo, sem nenhuma restrição.
Mas você esqueceu de tudo que a gente viveu, dos nossos bons momentos, do nosso velho amor de sempre, que eu sonho, ainda, que seja pra sempre mesmo. Só eu penso assim, o problema é exatamente esse.

E como num pesadelo, você se foi! Sem dar tchau, adeus ou até breve. Deixou-me sozinha, incompleta, infeliz e cheia de dúvidas, dentre as quais uma não sai do meu pensamento um segundo: Por que dizer “não” ao amor?
Éramos completos, você com seu ciúme que me irritava, eu com meu jeito que te deixava inseguro; você com seu abraço, do que eu senti mais falta hoje, assim como vou desejar seus beijos até o ultimo dia da minha vida. Eu te fazia feliz, eu sei que sim e você, mesmo apunhalando meu coração, ainda me faz a pessoa mais realizada do mundo só em ver teu sorriso em uma fotografia daquelas que retratam um momento nosso, só nosso.

Meu único refúgio é acreditar que quando chega ao fim a gente sente. E eu não sinto. Eu acredito. Sim, muito. Acredito na gente, no nosso sentimento, nos nossos planos, na nossa vida. Isso me maltrata, mas me conforta por incrível que pareça.

Eu te amo, vai ser sempre assim. E isso você não pode me tirar.

Te espero, incansavelmente, te espero. 

ps: eu não consegui deixar transparecer nem a metade da dor que eu sinto agora, até porque, se tratando de sentimentos, é impossível descrever com perfeição. 

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Dor.

Começo citando a belíssima e, também ruiva, escritora Elenita Rodrigues, em um dos seus textos de hoje, quando ela diz que “Amor só serve é pra melhorar a vida da gente... se não melhorar é doença, obsessão, necessidade de masoquismo pra se sentir importante. E só”.

Concordo. O amor melhora, nos engrandece, nos faz aprender, amadurecer, refletir ... crescer, é, essa é a palavra certa – se você não cresce em um relacionamento é porque ele não está servindo, não se encaixa na sua vida por algum motivo. Se é pra continuar com as citações, faço uso das palavras do saudoso Renato Russo quando em um dos seus shows ele afirmou que “se o amor é verdadeiro, não existe sofrimento”, e convenhamos,  ele está certo, mais do que certo.

Mas, você já pensou em perder alguém que você ama? Digo, de verdade, sem mais, sem voltar atrás? Isso não deixa de ser amor, ou melhor, é sentir falta desse amor antes mesmo que ele se vá, contra sua vontade. É algo que não se deve desejar a ninguém, mesmo! É uma dor latente, que te mata por um instante, mas que te tortura antes do fim e vai corroendo cada parte do seu corpo e sua mente já não consegue mais pensar. É como se alguém morresse e você imaginasse que nunca mais tornaria a senti-lo perto, ali, ao lado, só por estar.
O amor tem dessas coisas, de adoecer, de amedrontar de verdade, de sentir o fim de algo e ser pra você o fim de tudo – do sentido, do sonho, do real, da vida.
Essa dor, eu sinto, eu não suportaria. Não por muito tempo, não pra ser feliz. Porque se o amor nos traz felicidade, só você consegue que eu me sinta plena neste estado de espírito.

É, só você.

Não vá embora, não sozinho, não sem mim, não da minha vida. Nunca.

domingo, 19 de junho de 2011

O discurso (aqui sem tanta ordem) de Foucault.


Foucault procura mostrar que os discursos que permeiam na sociedade são controlados, perpassados por formas de poder e de repressão, que são marcados pela busca de desejo e de poder, pela luta do controle daquilo que enunciam, além de perceber que existem muitos tabus na sociedade, o que impede que todos falem sobre o que pensam a qualquer momento e, alguns desses tabus são a sexualidade e a política.
Para abordar temas como a exclusão e a rejeição utiliza a razão e a loucura, a ponto de mostrar que o discurso do louco eh excluído da sociedade, este que não tem credibilidade e é visto pelas pessoas como uma inverdade, mostrando mais uma vez que os discursos e o comportamento da sociedade são dirigidos por regras impostas por essa própria sociedade, que tenta formar um conceito de verdade, este que exclui aqueles que não seguem seus preceitos.
Outro elemento que limita internamente o discurso é o autor, esse é visto como origem das significações presentes no discurso. Para Foucault, o autor é um elemento que completa o comentário, este que é fruto da individualidade do seu pensamento, dando uma identidade ao discurso. Dentro desse grupo se inclui a disciplina cujo controle do discurso é diferente do comentário e do autor, ou seja, a disciplina exerce seu controle na produção dos discursos por meio da imposição de limites e de regras.
Foucault também determina condições para que os indivíduos possam formular seus discursos, de forma que ele abrange ideias de como direcionar o discurso, de acordo com o público alvo, tendo em vista expandir os argumentos para o maior número de pessoas possível que concordem com a verdade que é defendida no discurso, além do sistema de educação, visto como uma forma política de lidar com a apropriação do discurso.
Para finalizar, Foucault se assume como um seguidor das propostas hegelianas e responde às críticas daqueles que o julgavam estruturalista "E agora, os que têm lacunas de vocabulário que digam – se isso lhes soar melhor – que isto é estruturalismo".         

sábado, 18 de junho de 2011

E para Paul Veyne, a História existe?

Começo com essa indagação pelo simples fato de ser um grande diferencial do Veyne falar da história assim, quando ele diz que "Tudo é histórico, logo a história não existe." Mas, vamos ao que interessa, de verdade.
Para Paul Veyne a história é lacunar e indeterminada, por isso ele defende que a história é incompleta e dá aberturas para que o leitor possa preencher essas lacunas, bem como o historiador e, sendo incompleta e subjetiva, abre a possibilidade para inferirmos, não deixa de ser história e de ser completa, em sua essência.
De certa forma, Veyne defende a não hierarquização dos fatos e das temáticas a serem estudadas na história, logo, defende que o interesse pela temática tem que partir do próprio indivíduo, de acordo com sua afinidade pelo gênero escolhido para trabalhar, podendo personalizar a história, pois tem a liberdade para pesquisar sobre temáticas separadamente, como política, religião e biografias, por exemplo.
Porém, a história só será história, propriamente dita, se os acontecimentos forem historicizados, postos em seu tempo e espaço, além de se referir à história total como algo que não instiga a curiosidade, a não ser que quem a estuda já tenha um objetivo ao adentrá-la. Contudo, haverá sempre um limite para a história, este imposto pelas lacunas ou, até mesmo, pela própria dúvida da veracidade dos fatos.
Portanto, Paul Veyne não acredita em uma verdade absoluta na história, muito menos que possamos descrevê-la em sua totalidade, mas que tudo depende da intenção de quem a escreve, do objeto que descrevem. Assim, a história é parcial e subjetiva.

“Já que tudo é histórico, a história será o que nós escolhermos.”  (Paul Veyne)

domingo, 5 de junho de 2011

Só uma historia.


Tudo parecia perfeito demais, encantador demais, apaixonante demais pra se tornar real mesmo. Nunca conheci nada mais complicado do que o amor e os homens têm se tornado mais complicados do que o próprio sentimento, na verdade.
É, eu sei que não sou tudo que você imaginou e te alertei diso diversas vezes e, até pensei que não criar expectativa alguma sobre você seria muito desinteresse, mas não, foi muito bom porque você conseguiu ser tudo que eu havia sonhado pra mim. Porém, sonhos são sonhos e os meus não se realizam nunca, essa é a parte triste da história.
Sua voz, seus belos olhos e sua cara de bobo não vou esquecer e, se eu sentisse que fosse tao recíproco o sentimento eu lutaria pra que a gente se tornasse tudo que imaginamos juntos, alí, bem alí, ao som do "Jhony" e das ondas ... ondas, lembra? Lindas, mansas, mas que se eu permitisse me levariam? Pois bem, é de você que eu vou lembrar quando tiver a oportunidade de ver duas cadeiras vazias, com vista pro mar, e vou deixar a nostalgia adentrar, lembando que essas duas cadeiras poderiam estar ocupadas e meu coração está vazio, sem você.
De "Nós somos feitos um pro outro, pode crer" pra "Vou dizer que valeu, seus beijos; vou dizer que valeu, seus abraços" ... Era tudo que eu não queria, mas foi tudo que eu provoquei, sem querer. Como sempre, eu sempre estrago tudo!
E por isso, que eu sinto sua falta, como nunca pensei que sentiria, daquilo que poderia ter sido, mas não foi.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Lampejos de amor.

Eu vejo as fotos e lembro-me dos momentos. Seu sorriso me remete à sua voz, seu olhar não deixa esquecer o quão tu és sincero. Que sentimento é esse? Há quem se pergunte, eu não! Em mim, já trago a certeza que não preciso defini-lo e, nem que quisesse ou achasse necessário, não conseguiria fazê-lo simples ao ponto de explica-lo, simplesmente, por assim dizer... Pra mim, o que importa é sentir, ter a vontade de estar contigo toda vez que ouço sua voz, alimentando o sonho do meu futuro se encaixar no seu, perfeitamente, sem atritos, apenas encaixar-se.
É bom saber do [re]começo, do sentimento possível, espero. Mas, não esperarei tanto, não mais. Os dias vão passando e não faz mais nenhum sentido deixar o tempo esvair-se assim, de forma tão displicente, como se ele passasse por mim sem que eu passasse por ele.  E essa saudade vai acabar, somente só, quando você se fizer presente e tirar meu coração do frio ou aquece-lo ainda mais com seu abraço – o meu maior desejo diário.
A gente vai ser feliz, eu sei que vai. Por quanto tempo, não sei. Que seja breve ou pra vida inteira, eu só quero ter você.  

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Crises!

Quem nunca passou por alguma ainda não sentiu a vida, pois viver é ultrapassar os limites, os seus próprios limites e os que a vida nos impõe. Podem ser ideológicas, existenciais, amorosas, políticas, isso é o de menos, mas me sinto alguém capaz quando sei lidar com certos confrontos que minha mente subjuga indispensáveis.
Vivo um momento não muito tranquilo, novos ideais, novas experiências, novos limites estão surgindo e eu tenho que saber lidar muito bem com toda situação, para conseguir me sobressair em meio a tanto caos.
E digo: nada melhor do que ter alguém que te dê apoio, atenção, que saiba falar as palavras certas nas horas oportunas e nas inesperadas, para que sirva como ajuda e possamos ter discernimento para tomar algumas decisões em meio às crises, algo extremamente necessário.
Eu sei que não sou a mais coerente e nem estou aqui para julgar ou crucificar ninguém, mas deixo apenas um recado, ou um desabafo, como queiram – Cuide, aconchegue, conforte, converse, faça-se presente sempre, eu disse sempre mesmo, até quando você achar que não é necessário, pois talvez seja sim e só você não se deu conta disso.  Pra mim, é pra isso que serve o verbo Amar, não somente para ser conjugado na primeira pessoa do indicativo.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

A História segundo Walter Benjamin

Walter Benjamin fez uma releitura do marxismo ocidental, tentando adequá-lo ao século XX, mais precisamente da década de 1920 a 1940, nas quais vivia uma sociedade da industrialização, da produção; um mundo muito complexo, onde o Estado autoritário passa a gerenciar as potencialidades econômicas.
É nesse meio, no pós 1ª Guerra Mundial, que Benjamin, juntamente com os outros da Escola de Frankfurt, vai produzir, caracterizando-se pela sua preocupação com a dialética, tentando transformar o marxismo em algo pensante, não só na organização para a revolução do proletariado, pois é um tanto descrente nessa revolução, se preocupando mais com a crítica cultural. Ou seja, para ele, o materialista histórico não é somente aquele que acredita na força do proletariado, mas que trabalha e acredita na experiência humana, apoiando-se muito na teologia para entender e enfrentar o materialismo histórico.
Benjamin diz que não podemos esquecer-nos do passado daqueles que não tiveram um lugar na história, ou seja, o passado dos pormenores, enfocando a luta de classes, fazendo uma reflexão da organização do trabalho em relação à superestrutura, tendo uma visão sombria da cultura de massa - o capitalismo massifica a cultura e aliena as pessoas, tornando-se positivo, apenas, se rompesse com a alienação; rompendo um pouco com o lado econômico e discutindo mais sobre a cultura e a política, além de ter uma ligação com a literatura e com o romantismo. Sua filosofia tenta se desprender da ciência e se aproximar da arte; se distancia do idealismo de Hegel e do idealismo romântico. Para ele, era importante viver intensamente os pequenos momentos e tirar algum aprendizado disso, fazendo uma interpretação filosófica da experiência, voltando a criticar o capitalismo, que, para ele, tornava a experiência humana algo mecânico.
Ele levanta a questão sobre o que é realmente relevante no passado, este feito de imagens, relampejos, que podem ser inspiradores, mas é ilusório pensar em reconstituir esse passado, sendo assim, como um bom neomarxista, critica os historiadores que tem uma empatia pelos vencedores, silenciando os vencidos, pois para ele o passado não pode ser visto com conformismo, mas deve-se questionar a visão tradicional do passado, acreditando na social democracia.
Com isso, Benjamin utiliza o anjo da história para explicar o que ele defende como História, que tem o olhar no passado, querendo resgatar, dar um lugar aos vencidos e derrotados pelas classes dominantes, mas ao mesmo tempo, anseia pelo presente, pelo progresso que vive a época em que ele se inseriu, impedindo que haja esse resgate total dos pormenores. Para ele, a história dos vencedores é vista com tanta indiferença, pois, como judeu, dizia que essa visão da história é que teria levado ao nazismo e, é nesse contexto que ele diz que o passado serve para a vingança daqueles que foram perseguidos.
Benjamin defende o tempo do historicismo, colocando a história em um tempo de “agoras”, defendendo a ideia de que é preciso romper com a linearidade da História; diferencia o materialista histórico do historicista, onde o primeiro faz recortes e tenta entender o presente com base no passado, enquanto o outro vê o passado de forma bela, dos vencedores, tendo uma imagem homogênea dos acontecimentos, criticando o fato do historicista culminar em uma história universal, sem pressupostos teóricos, apenas de acontecimentos.
Por fim, Benjamin dá uma amplitude muito grande à História, dando muita relevância a todo o tempo da experiência humana, mas que todo esse tempo, comparado com os milhões de anos de vida na Terra, é pouco e, esse tempo se torna muito mais efêmero quando pensamos no presente, pois o agora, comparado com a História, é o mínimo.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Nostalgia.

Sozinha, bem ou mal acompanhada ... sumir seria a única saída viável pra essa situação em que eu me vejo agora.
Eh, me vejo em uma plantação sem frutos, mesmo depois de tanto cuidar, com carinho, amor e dedicação; mesmo tendo que regar, fosse com lágrimas de felicidade ou de decepção; na verdade, eu penso que não soube mesmo plantar, cultivar (é... no sentido literal mesmo) um sentimento que eu sempre desejei mas nunca proporcionei a alguém: o AMOR.
É nessas horas que eu mais sinto falta daquele sentimento puro, sem cobranças, sem neenhum outro tipo de querer, que brotou há não muito tempo, que fazia a gente passar o dia inteiro olhando um pro outro, conversando e rindo juntos e ja trazia a felicidade que a gente precisava.
O tempo passa, a gente se diz amadurecer e as coisas só pioram, é como se tudo fosse virando rotina, como se eu ja conseguisse prever suas ações, desde o tocar até a cor da sua roupa. Ah, e isso pra mim pode ser o fim, o desgaste não é nada legal e cair na mesmice eh, no minino, insuportavel pra alguem como eu. Onde ficaram as palavras surpreender, inovar, refazer, mudar, no seu dicionário? Porque pra mim elas fazem toda a diferença e sem elas nada tem graça.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Febvre e suas "Analles" sobre a História

Baseado nos seus professores, Lucien Febvre valorizava a história dos pormenores, dos fatos periféricos comparados às grandes realizações tratadas nos documentos oficiais, algo característico da primeira geração dos Analles, na qual fazia parte; ressaltando, assim, que a História era completamente social, tendo em vista que é produzida pelas ações de cada sociedade.
A definição da História para Febvre inicia quando ele diz: “Qualifico a história como um estudo cientificamente conduzido, e não como uma ciência” (FEBVRE, Lucien. Combates pela História. 3.ª edição, Lisboa: Editorial Presença, 1989, pg. 30). Assim vista, a História é cientificamente conduzida por precisar de uma problematização, de formulação de hipóteses, de um objetivo a ser pensado ou produzido; precisa de um método crítico e é aí que se difere da ciência, de fato, que possui um conhecimento e uma verdade absoluta, esta que não deve existir na História, pois cada fato pode ser visto de diferentes ângulos e, assim, várias verdades podem existir, com isso o homem, não unicamente o fato, passa a ser objeto principal de estudo da História, por isso também impede que a História seja uma ciência, pois o ser humano é um ser subjetivo por si só.
É indispensável, portanto, na História, o estudo do homem, das suas ações e pensamentos, mas que estes estejam contextualizados, em um tempo e em um espaço, historicizados, sendo assim, possível e altamente importante alargar a visão do historiador para que a História possa conversar com outras ramificações humanas, como a psicologia, a literatura, a filosofia e a sociologia, de forma que ele possa habituar-se a não hierarquizar os fatos e aprender a fazer História na prática, sem separar a ação do pensamento.
E ainda há quem diga que é possivel fazer História só com documentos e datas. Ah, faça-me o favor ... 

quinta-feira, 5 de maio de 2011

O amor não é tudo.

Apesar de ter sido escrito há quatro dias, traduz tudo que passa dentro de mim hoje, por incrível que pareça:


Segundo o Aurélio:


Perdão - Remissão de pena; desculpa; indulto.
Confiança - Crédito, fé
Respeito - Consideração, importância


Três conceitos simples e indispensáveis em um relacionamento onde se tem amor de verdade.
Eu te amo. Certo, mas e daí? de que adianta amar, de que adianta o amor sem a confiança, sem o respeito e sem saber perdoar? Eu, sinceramente, não sei, não vejo utilidade em um amor tão grande, tão intenso se tudo é mais importante do que ouvir, do que acreditar ...
Eu sei que não sou uma pessoa fácil de lidar e, se fosse, minha vida não teria graça alguma, mas é muito triste saber que perto do que eu pensei que eu fosse, ou ao menos significasse, aparentasse ser, eu não sou. É triste ter que chorar uma noite inteira por causa de uma simples frase dita por alguém, que é capaz de te fazer pensar que todo o esforça está sendo em vão, que sempre que as coisas ficam por um fio os problemas mais remotos são lembrados propositalmente e sem nenhum nexo.
Sabe, eu penso que é possível recomeçar inúmeras e inúmeras vezes e eu farei isso quantas vezes forem preciso, mas se é pra recomeçar e se isso tem um propósito forte, os erros devem ficar lá no passado, este que não volta, este que não precisa ser lembrado, pois recomeçar significa começar do zero, de novo.
Então, que fique bem claro, meu caro amor, o amor pra mim não é tudo, Você pra mim é tudo e isso pra mim já basta, por si só, porque em você eu encontro o que eu preciso e eu confio você, te respeito e sei te perdoar (lê-se esquecer os erros); se eu sou tudo pra você também, é preciso que isso tudo seja recíproco.

terça-feira, 3 de maio de 2011

História: Ciência ou Arte?

A discursão sobre os vínculos da História com outras vertentes é muito antiga, iniciando com os gregos, que tinham uma visão metafísica da História e a ligava à filosofia; depois, na modernidade, há um interesse de desvincular a História da filosofia, criando para ela métodos próprios e aproximando-a das ciências ditas naturais; por fim, na pós-modernidade a História ganha uma visão mais fragmentada e próxima à arte.
Alguns historiadores protagonizaram essas mudanças, lançando seus argumentos para que seus pensamentos pudessem se concretizar e gerar questionamentos sobre o assunto. Se tratando do confronto entre “História ciência” e “História arte” é interessante tomarmos como base os historiadores Jacob Burckhardt (1818 – 1897) e Leopold von Ranke (1795 – 1886), ambos da modernidade, mas com pensamentos diferentes sobre a História.
Admiro muito Ranke por contribuir para a institucionalização da História como disciplina e concordo em alguns aspectos com ele, principalmente quando ele defende ferrenhamente o Estado, suas leis e exige respeito para com ele, mas logo discordo, quando ele, a meu ver, chega a confundir o humano e o sagrado por ser fortemente influenciado pela sua religiosidade e chega a dizer que o Estado foi algo dado por Deus, sendo que o Estado é uma criação humana! E as discordâncias não param por ai. Ele busca uma história cheia de verdades absolutas, estas baseadas nos documentos oficiais, então, me pergunto: e a verdade dos menos favorecidos que não tinham acesso aos documentos e mantinham sua história através da oralidade? Além do mais, se ele dá tanta autonomia ao historiador, para que ele possa organizar, historicizar os fatos históricos, creio que estes também deveriam ter autonomia para inferir com sua sensibilidade e tentar reconstruir, ou pelo menos explicar, algumas lacunas que a História nos deixa.
É por isso que concordo com Burckhardt e sua sensibilidade, sua maneira de encontrar saídas sem precisar de uma verdade absoluta, pois para ele o que importa é a razão pela qual o fato ocorreu e como ele foi contado, não se o que ocorreu foi verdadeiro, pais para ele, a verdade era relativa e dependia de pontos de vista. Além disso, acho muito interessante a visão que ele tem da sociedade em que viveu, que apesar de tantos conflitos econômicos e sociais, ele conseguiu enxergar na arte uma saída, uma válvula de escape para esses problemas cotidianos, pois assim, através de uma visão geral da arte se compreenderiam os fatos históricos. Para mim, essa é melhor conclusão, já que defendo que é impossível dissociar a História da literatura, que por muito tempo foi uma maneira de contar os fatos históricos, sem se importar com a verdade, mas com a essência dos acontecimentos.
Portanto, creio que a História é ficção, representação, que a História se confunde com a arte e essas duas vertentes se tornam uma só a partir do momento em que uma necessita da outra para existir, pois nada seria da História sem a arte para ilustra-la e torna-la mais interessante, mais compreensível; e nada seria da arte sem os acontecimentos históricos para que ela pudesse narrar, ilustrar e servir como fuga de um cotidiano que nem sempre foi fácil de lidar. 

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Um Mártir ou uma Mentira?


Enquanto uns acreditam que seu comportamento foi apenas um invenção norte-americana para justificar os ataques ao Oriente, prefiro ficar com a vertente que ele fez e aconteceu como um grande terrorista e mentor da Al-Qeada e que mereceu o fim que teve, se é que teve, pois muitos tambem acreditam que sua morte, noticiada nos primeiros minutos do dia de hoje, também foi uma mentira bem contada e bem provada.
Muita esperteza dos norte-americanos lançarem seu corpo ao mar, como foi dito, mataram dois coelhos com uma cajadada só: impediram as perigrinações para o seu túmulo e apagaram a prova maior da sua morte para os que o seguiam - seu corpo.
Enfim, sendo verdade ou não, para a História isso pouco interessa, pois o fato é que houve uma atenção e uma mobilização em todo o mundo em torno disso e, são os porquês das atitudes e das opiniões que mais nos interessam.

Se foi ontem, há meses, há anos, para mim não faz a mínima diferença, nem como, nem porque; que tenha sido um golpe político para Obama se reeleger, também pouco mudará minha opinião sobre ele e os EUA. 

No mais... Bye-bye, Bin! E fique por onde está, sem deixar saudades.

Para um bom começo: meu amor pela História

Hoje eu vou falar da minha escolha, que muitos criticam e que até eu não tinha encontrado uma razão para fazê-la, mas que não tinha me arrependido nem por um segundo, porém, hoje eu descobri o porquê de tanto amor: a História, a problematização que a História permite fazer, é isso que me fascina.
Lendo Jacob Burckhadt e Lucien Febvre, descobri que História não é e nunca será uma ciência, propriamente dita, com certezas, verdades absolutas e métodos padronizados... isso é perfeito, é tudo que eu busquei: construir o conhecimento fora dos padrões, mas com bases teóricas que me permitem falar a minha verdade, a minha visão dos fatos e, com isso, mudar a concepção de mundo das pessoas que eu terei o prazer de dividir um pouco do meu conhecimento na sala de aula. Ser professor de História é isso: Ensinar as pessoas o quanto fatos históricos são importantes, mas acima de tudo fazer com que elas aprendam a pensar e tenham propriedade pra criticar.

Pra finalizar esse papo chato, pra muitos, mas, muito importante pra mim e pro meu crescimento intelectual, vai uma frase do Henri Pirenne:
"Se eu fosse antiquário só teria olhos para as cosias velhas. Mas sou Historiador. É por isso que amo a vida."